Na verdade, considerando o coletivo, a saúde está indo para a doença. Apesar das inúmeras tentativas dos marqueteiros em afirmar o contrário, todo esforço cai no vazio e estes recursos vultosos gastos na mídia vão para o ralo e considero também uma corrupção que vem acontecendo há anos no Brasil.
Assisti pessoalmente em minha família e nas idas e vindas em pesquisas presenciais uma verdadeira humilhação de nossa gente, atendimento precário em relação ao estado geral de nossos locais de atendimento e, o pior, nas relações estressantes interpessoais e, muitas vezes, com profissionais que não estão preparados para exercer a profissão sagrada de lidar com a vida das pessoas e ou, ainda, sem equipamentos e insumos necessários e imprescindíveis.
Tudo que se vê tem muito e tudo a ver com as nossas instituições que conduzem nosso destino e, estas, só focam em investimentos, como se a construção somente de infraestruturas resolvessem a vida dos cidadãos brasileiros que, na maioria dos fatos, quer somente carinho e apoio nas aflições cotidianas, pois são trabalhadores e lutam com baixas remunerações, péssimas condições sociais, baixo nível nutricional e um desaguar de suas necessidades em afluentes inóspitos.
É tão perversa esta situação que a revolta precisa ser contida ao fazer uma redação sobre este tema.
Aos que administram somente posso dizer que isto é crime, covardia, omissão perversa, presença de empatia de psicopatas intencionais que usam esta situação para fazer da promessa de soluções uma presa de votos para as eleições. Passa ano após ano, eleições após eleições e este tema continua como prioridade do povo simples que elege nossos dirigentes, alias povo que acredita em sua simplicidade nas promessas, pois estão famintos e carentes, situação esta que os levam a crer novamente, sempre a crer novamente.
Esta situação é sustentada por ser nosso povo simples a condição de baixa escolaridade, impedindo-os de um juízo real, ponderado na razão, em bases de informações que não é de qualidade e, ainda, manipulada. As escolas estão à deriva: professores, alunos e colaboradores não têm o mínimo para conduzir a um bom aprendizado.
Acordemos, pois, no sentido de ver a verdadeira realidade de nossa gente e não vamos ser manipulados pelos que estão dirigindo ou querem vir a dirigir as nossas vidas, o nosso futuro.
Quando se fala em saúde, logo vem a turma dos interesses pessoais: falta dinheiro. Não falta dinheiro, falta gestão e comprometimento com as pessoas, com os brasileiros.
Nesta situação da ambiência social no Brasil, não se pode esperar outra coisa que não seja estresse, violência psicológica, desesperança, falta de referência, sensação de abandono e sem nenhum ponto que possa ser considerado como apoio.
Em uma cidade do interior que já frequentei há anos atrás, estive lá outro dia, em pleno sábado, e quando saí da visita que lá fui fazer por volta de 21 horas, o comércio já estava fechado e quase ninguém transitava pelas ruas: a violência decretou o recolhimento dos cidadãos de bem, impedindo-os da confraternização em sociedade.
Além destes aspectos, que envolvem outros pontos da ação pública, quando as pessoas adoecem nem o poder público acolhe e, quem possui os planos de saúde, são restritivos e com péssimo atendimento e excelentes preços de mensalidades.
Aliás, neste antagonismo da vida o poder público deveria ter o melhor atendimento para que os planos de saúde acompanhassem a qualidade atingindo graus superiores para fazer jus aos preços cobrados; entretanto, o que assistimos é o sucateamento do SUS para em detrimentos das pessoas e a favor destes planos, o que é uma aberração inaceitável, é ato de violência psicológica que vai propulsar a violência física.
Tudo isto sem falar nos desvios dos recursos para remédios, merenda escolar, e outras tantas façanhas corruptas que são noticiadas diuturnamente pela imprensa brasileira.
O nicho saúde, pelo tratamento que lhe concedido, tem quase que só uma faceta: o financeiro e econômico que considera o cidadão doente como simples consumidor do sistema, ficando do lado da demanda da saúde corretiva e não preventiva. Não somos considerados pessoas.
Os agentes econômicos da saúde podem ficar tranquilos que o caminho do homem é a necessitar de tratamento, pois o envelhecimento, acidentes e outras razões já produzirão demanda suficiente para sustentar os fatores econômicos e financeiros do setor: portanto, não precisa de artifícios para aumentar esta demanda na linha corretiva. A saúde preventiva, além do cumprimento sagrado das profissões, traduzem, muito mais, satisfação e realização como seres humanos para os profissionais e evitam desequilíbrios na sociedade.
Acordemos, pois, no sentido de ver a verdadeira realidade de nossa gente e não vamos ser manipulados pelos que estão dirigindo ou querem vir a dirigir as nossas vidas, o nosso futuro.
Quando se fala em saúde, logo vem a turma dos interesses pessoais: falta dinheiro. Não falta dinheiro, falta gestão e comprometimento com as pessoas, com os brasileiros.
Vejamos: quantos impostos foram criados para a saúde e educação e nada mudou? Quantos são os milhões repassados para a saúde?
Você sabe para que foi instituído o IPVA, imposto sobre a propriedade de carros e veículos motorizados? Seria para as estradas, mas atende a saúde! A CPMF foi criada especialmente para a saúde! Há um montão de fontes de renda para a saúde!
Existem muitos recursos financeiros, mas existem, também, ralos e muito desprezo por parte das autoridades constituídas.
Entretanto, existe muita gente boa que precisa de ocupar o lugar certo para produzir o resultado esperado e de direito de nossa gente!
Tudo por que a razão não é de recursos financeiros, mas a do modelo de gestão.
É possível fazer melhor? Muito, mas muito melhor! Claro que é possível!
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