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Uma reflexão sobre a política no Brasil

Vicente de Paulo Silveira | 01 de junho de 2020 | 0 Comentarios

Fico olhando e escutando pela imprensa e, também, através de diálogos com conhecidos e amigos, e, ainda, vendo desconhecidos em conversas em diversos pontos da cidade sobre os acontecimentos nos últimos 4 anos, buscando compreender como se processam as informações e quais as manifestações da percepção sobre a gestão pública.

Como vivemos o pensamento binário, na maioria das conclusões, não existem sinergia com a história, ou seja, fatos recentes que se repetem atingindo diversos segmentos e ideologias e as reações manifestadas são extremamente controversas, mudando a interpretação para onde as decisões estão beneficiando ou prejudicando, sempre no modo interpretativo coletivo.

Como exemplo, o STF, a PF, a JF quando investigaram o Mensalão e a Lava Jato colocaram umas dezenas de políticos, empresários e executivos privados e públicos na cadeia e a chamada “esquerda” bombardearam os órgãos como persecutores, seletivistas, incompetentes e outras nomenclaturas; no momento que investiga os chamados adeptos da “direita” os mesmos adjetivos são destinados a estes mesmos órgãos que antes eram corretos. Observamos que não tivemos substituições significativas nestes órgãos.

Entretanto registra-se que as substituições ocorreram nos mesmos cargos de antes, ou seja, substituíram pessoas por serem eleitos e ou por serem nomeados.

As constatações são diversas e as linhas de pensamento flutuam para buscar um equilíbrio: quem tem razão?

Difícil saber, mas podemos concluir que o poder no Brasil não tem normalidade na indicação de gestores, pois se passarmos uma intercessão nos três conjuntos veremos que vai gerar um resultado de um conjunto composto pelo Judiciário.

Podemos concluir nesta equação matemática que quem está no Legislativo e no Executivo tem arestas que permitem o Judiciário interferir para buscar ajustar a gestão pública no Brasil.

Ora, sendo este resultado correto, pelo menos tem sentido lógico, nenhuma esperança temos de conseguir uma gestão pública equilibrada, com bom sendo, com pensamentos para o Brasil e, logicamente, tendo as pessoas como objetivo único e concreto.

Tem solução?

Ter solução tem, porém o grau de dificuldade da modificação do Modelo de Gestão Pública é enorme, pois este é manutenido pelo Modelo Político-Partidário-Eleitoral.

Estes dois modelos são a origem de todos os desequilíbrios sociais.

Grave é a constatação de que não consegue resolver as questões internas, colocam em risco a soberania nacional, afasta a dignidade humana de nossa sociedade e, com este casulo de indiferenças e de desequilíbrios buscam relacionar com outros países.

Sem arrumar a casa todos os discursos de confiança, respeito e de atração de investimentos e desenvolvimento ficam ao léu, vazios e se tornam chacotas, numa humilhação que reflete em terras férteis para provocar ainda mais opressão aos brasileiros na vida social.  

Esta opressão de não ter emprego, saneamento básico, assistência na saúde, educação de qualidade duvidosa e acessibilidade limitada, segurança pública insuficiente, justiça laboral estrangulada, e tantas outras mazelas institucionais que não concedem segurança e esperança sociais.

Que Deus nos abençoe e nos guie para caminhos mais seguros.

Vicente de Paulo Silveira

Vicente Silveira é o fundador da GZ Equilíbrio Social. Tem como principal motivação o desenvolvimento social através da ressociação e cultura, priorizando a reestruturação da principal célula societária, a família.

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